sábado, 15 de dezembro de 2007

Poema da Paz

0 dia mais belo? Hoje
A coisa mais fácil? Equivocar-se
O obstáculo maior? 0 medo
0 erro maior? Abandonar-se
A raiz de todos os males? 0 egoísmo
A distração mais bela? 0 trabalho
A pior derrota? 0 desalento
Os melhores professores? As crianças
A primeira necessidade?
Comunicar-se0 que mais faz feliz?
Ser útil aos demais0 mistério maior?
A morte0 pior defeito? 0 mau humor
A coisa mais perigosa? A mentira
0 sentimento pior? 0 rancor
0 presente mais belo? 0 perdão,
0 mais imprescindível? 0 lar
A estrada mais rápida? 0 caminho correto
A sensação mais grata? A paz interior
0 resguardo mais eficaz? 0 sorriso
0 melhor remédio? 0 otimismo
A maior satisfação? 0 dever cumprido
A força mais potente do mundo? A fé
As pessoas mais necessárias? Os pais
A coisa mais bela de todas? 0 amor

Beata Madre Tereza de Calcutá

Angelus do 3º Domingo do Advento - A alegria cristã é a certeza de um Deus próximo

«Gaudete in Domino semper – Alegrai-vos sempre no Senhor (Fil. 4, 4). Com estas palavras de São Paulo abre-se a Santa Missa do III domingo do Advento, que por isso se chama «gaudete». O Apóstolo exorta os cristãos a alegrarem-se porque a vinda do Senhor, isto é, seu retorno glorioso, é seguro e não tardará. A Igreja faz próprio este convite, enquanto prepara-se para celebrar o Natal, e seu olhar dirige-se cada vez mais para Belém. Com efeito, aguardamos com esperança certa a segunda vinda de Cristo porque conhecemos a primeira.

O mistério de Belém revela-nos o Deus-conosco, o Deus próximo de nós, não simplesmente em sentido espacial e temporal; Ele está próximo de nós porque «desposou», por assim dizer, nossa humanidade; tomou sobre si nossa condição, elegendo ser em tudo como nós, menos no pecado, para fazer que nos convertamos como Ele.

Alguns se perguntam: mas ainda hoje é possível esta alegria? A resposta é dada, com suas vidas, por homens e mulheres de toda idade e condição social, felizes de consagrar sua existência aos demais! Acaso não foi a beata Madre Teresa de Calcutá, em nosso tempo, um testemunho inesquecível da verdadeira alegria evangélica? Vivia diariamente em contato com a miséria, a degradação humana, a morte. Sua alma conheceu a provação da noite escura da fé; no entanto, deu a todos a sorriso de Deus. lemos em um escrito seu:

«Esperamos com impaciência o paraíso, onde está Deus, mas temos em nosso poder estar no paraíso já desde aqui e a partir deste momento. Ser feliz com Deus significa: amar como Ele, ajudar como Ele, dar como Ele, servir como Ele» (La gioia di darsi agli altri, Ed. Paoline, 1987, p. 143).


Sim, a alegria entra no coração de quem se coloca a serviço dos pequenos e dos pobres. Em quem ama assim, Deus faz morada, e a alma está na alegria. Se no entanto faz-se da felicidade um ídolo, erra-se de caminho, e é verdadeiramente difícil encontrar a alegria da que fala Jesus. É esta, lamentavelmente, a proposta das culturas que situam a felicidade individual no lugar de Deus, mentalidades que têm seu efeito emblemático na busca do prazer a todo custo, na difusão do consumo de drogas como fuga, como refúgio em paraísos artificiais, que se revelam depois completamente ilusórios.

Queridos irmãos e irmãs: também no Natal pode-se equivocar de caminho, trocar a verdadeira festa pela que não abre o coração à alegria de Cristo. Que a Virgem Maria ajude todos os cristãos, e os homens que buscam a Deus, a chegar a Belém para encontrar o Menino que nasceu por nós, pela salvação e a felicidade de todos os homens.

Papa Bento XVI
Texto Extraído do site zenit.org

domingo, 9 de dezembro de 2007

Natal exige conversão

No 2º domingo do Advento, a liturgia nos apresenta a figura austera do Precursor, que o evangelista Mateus introduz com estas palavras: «Naqueles dias, apareceu João Batista, pregando no deserto da Judéia: ‘Convertei-vos, porque o Reino dos Céus está próximo’» (Mt 3, 1-2).

Sua missão consistiu em preparar o caminho do Messias, exortando o povo de Israel a arrepender-se dos próprios pecados e a corrigir toda iniqüidade. Com palavras exigentes, João batista anunciava o juízo iminente: «toda árvore que não der bom fruto será cortada e jogada no fogo» (Mt 3, 10). Alertava sobretudo diante da hipocrisia de quem se sentia seguro somente pelo fato de pertencer ao povo escolhido: diante de Deus, dizia ele, ninguém tem títulos dos quais se orgulhar, mas tem de dar «frutos que provem a vossa conversão» (Mt 3, 8).

Enquanto continua o caminho do Advento, enquanto nos preparamos para celebrar o nascimento de Cristo, ressoa em nossas comunidades este chamado de João Batista à conversão. É um convite urgente a abrir o coração e a acolher o Filho de Deus que vem entre nós para manifestar o juízo divino.

O Pai, escreve o evangelista João, não julga ninguém, mas confiou ao Filho todo poder de julgar, pois é Filho do homem (cf. João 5, 22.27). E hoje, no presente, está em jogo nosso destino futuro; com o comportamento da nossa vida decidimos nosso destino eterno.

O Pai celestial, que no nascimento do seu Filho unigênito nos manifestou seu amor misericordioso, chama-nos a seguir seus passos fazendo que nossa existência seja, como a sua, um dom de amor. E o fruto do amor é esse «fruto que prove a nossa conversão» ao qual se refere João Batista, enquanto se dirige com palavras cortantes aos fariseus e aos saduceus, que foram ao seu batismo entre a multidão.

Através do Evangelho, João Batista continua falando através dos séculos a toda geração. Suas palavras duras e claras são particularmente saudáveis para nós, homens e mulheres do nosso tempo, em que inclusive a forma de viver e de perceber o natal experimenta infelizmente e com freqüência uma mentalidade materialista.

A «voz» do grande profeta nos pede que preparemos o caminho para o Senhor que vem, nos desertos de hoje, desertos exteriores e interiores, sedentos da água viva que é Cristo. Que Nossa Senhora nos guie rumo a uma verdadeira conversão de coração, para que possamos tomar as decisões necessárias para sintonizar nossas mentalidades com o Evangelho.

.: Trecho da meditação do Papa Bento XVI, por ocasião do Ângelus dominical, no dia 09 d dezembro de 2007. Extraído do site: zenit.org